Fiocruz e DNDi lançam Programa de Eliminação de Barreiras

[Recife, Brasil – Setembro de 2018]

Parceria busca melhorias no acesso a diagnóstico e tratamento da doença de Chagas no Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a organização internacional DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas) lançam, no dia 5 de setembro, durante o Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, o Programa de Eliminação de Barreiras, uma parceria para melhorar o acesso a diagnóstico e tratamento para a doença de Chagas no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, entre 1,9 e 4,6 milhões sofrem da doença no país, que, sendo assintomática em sua fase aguda, costuma progredir silenciosamente e pode afetar órgãos vitais como o coração na fase crônica, o que representa risco de vida para a pessoa infectada.

Entre as principais dificuldades apontadas pelos profissionais de saúde estão o desconhecimento e falta de capacitação. Além disso, há baixa integração entre a vigilância e atenção em saúde e falta uma atenção integral para o manejo de complicações cardíacas. A parceria entre a Fiocruz e a DNDi se configura como uma estratégia de integração para fortalecer as ações junto a outras instituições de pesquisa, Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e a área técnica do Ministério da Saúde. Durante o Congresso Brasileiro de Medicina Tropical será realizado um seminário sobre a doença, no qual os profissionais vão discutir um plano de ação para o Programa de Eliminação de Barreiras.

A DNDi, que trabalha há anos na área de pesquisa e desenvolvimento para doença de Chagas, entre outras doenças negligenciadas, já trabalha com parceiros na Guatemala e na Colômbia para fortalecer as capacidades do sistema de saúde e expandir o acesso a diagnóstico e tratamento para a doença de Chagas. Na Colômbia, após a simplificação do algoritmo do teste diagnóstico, conseguimos aumentar em cerca de 1000% o acesso a diagnóstico nas áreas do projeto piloto. Além disso, por meio do projeto, capacitamos 100% do pessoal de saúde”, ilustra a Dra. Andrea Marchiol, Gerente do Projeto de Acesso em Chagas da DNDi. “Mas sabemos que não há uma solução única que possa simplesmente ser replicada em outros contextos. Por isso no Brasil estamos trabalhando em parceria com a Fiocruz e gestores de saúde para identificar as barreiras e propor estratégias”, explica Dra. Marchiol.

Desde o descobrimento em 1909, por Carlos Chagas, a Fiocruz promove iniciativas que vão da pesquisa básica, que investiga os mecanismos da doença e novas abordagens terapêuticas, a ações de educação junto à população e profissionais do Sistema Única de Saúde (SUS) em áreas de vulnerabilidade. Atualmente, a Fundação realiza atividades educativas nos estados do Pará, Ceará e Piauí e promove a atenção integral ao paciente. “Este tipo de trabalho reforça o papel da Fiocruz como instituição estratégica de Estado, o que contribui para o fortalecimento do SUS e da atenção básica, como fundamental para a promoção da saúde”, destaca Marco Menezes, Vice-Presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz.

 

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Imagem: Rodrigo Carvalho – DNDi

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