A dengue é uma doença sensível ao clima e uma importante causa de morbilidade e mortalidade em países endêmicos, mas ainda não existem medicamentos para preveni-la ou tratá-la. A incidência de dengue tem aumentado de forma drástica nas últimas décadas e há uma urgente necessidade de tratamentos para impedir a progressão da infecção para a fase aguda, também conhecida como dengue hemorrágica. Com seus parceiros, a DNDi está priorizando o desenvolvimento de fármacos adequados a mulheres grávidas, crianças pequenas e pessoas com comorbidades, que têm maior probabilidade de sofrer morbilidade e mortalidade.
Nossa estratégia de curto prazo é trabalhar com nossos parceiros para reaproveitar antivirais de ação direta (AADs) e terapias direcionadas ao hospedeiro já existentes e que possam inibir a resposta inflamatória característica da fase aguda da doença. No médio prazo, a DNDi trabalha com parceiros para desenvolver novos antivirais, sendo que quatro candidatos já mostraram eficácia in vivo durante testes preliminares.
O projeto é liderado pela Aliança Dengue, uma parceria global de instituições de países endêmicos lançada em 2022 para desenvolver tratamentos acessíveis para a dengue.
Os parceiros da Aliança Dengue continuaram a estudar potenciais candidatos para entrada em estudos clínicos, com três alvos de terapias dirigidas ao hospedeiro (HDT) passando por mais ensaios in vivo e in vitro para validar seus efeitos e fornecer a base para a seleção de doses. Além disso, diversos tratamentos antivirais reposicionados foram selecionados para possível progressão para estudos em humanos, aguardando a seleção de doses e avaliações de segurança.
Os parceiros da Aliança Dengue continuaram a avaliação in vitro de compostos antivirais de ação direta (DAA) existentes, com compostos priorizados avançando para testes in vivo na Índia e no Brasil. Os parceiros também iniciaram a avaliação pré-clínica de terapias dirigidas ao hospedeiro (HDTs) existentes, incluindo um composto identificado pela plataforma de descoberta de fármacos baseada em inteligência artificial da BenevolentAI, que foi encontrado para inibir o aumento da permeabilidade das células endoteliais in vitro.
Com a nomeação de candidatos a DAA e HDT esperada para 2024, a DNDi e seus parceiros também avançaram nos preparativos para estudos clínicos, incluindo a finalização dos desfechos do estudo, seleção da população do estudo e discussões com potenciais parceiros da indústria sobre a integração de novos DAAs e HDTs juntamente com candidatos a reposicionamento.
Três compostos antivirais de ação direta (ADDs) já existentes – GS-441525, niclosamida e nelfinavir – foram avaliados em função da sua capacidade de inibir o vírus da dengue. Eles avançaram para estudos de eficácia in vivo depois das avaliações farmacocinéticas iniciais. No momento, devido à ampla variedade de modos de ação, está se discutindo como identificar as melhores terapias direcionadas ao hospedeiro e os melhores métodos para avaliá-las. Uma sinopse clínica para os estudos Fase II está sendo preparada e deve ser finalizada até o terceiro trimestre de 2023.
Organização internacional, sem fins lucrativos, que desenvolve tratamentos seguros, eficazes e acessíveis para os pacientes mais negligenciados.
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