Diretor executivo da DNDi se junta a uma lista de figuras reconhecidas pelas contribuições nas áreas de medicina e saúde global
BANGKOK/KUALA LUMPUR — 12 NOV 2020 – O Dr. Bernard Pécoul, fu
ndador e diretor executivo da Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), organização internacional de pesquisa médica sem fins lucrativos, recebeu na Tailândia o Prêmio Prince Mahidol de 2020 pela contribuição para o avanço das pesquisas sobre doenças negligenciadas em todo o mundo.
A Fundação Prêmio Prince Mahidol homenageia todos os anos os líderes em saúde e ciência por suas realizações marcantes nos campos da medicina e da saúde pública global. Incluem-se entre os laureados anteriores o Dr. Anthony Fauci (Estados Unidos), o Prof. Barry J. Marshall (Austrália), o Prof. Harald zur Hausen (Alemanha), o Dr. Satoshi Omura (Japão) e o Prof. Tu You You (China).
“É uma imensa honra fazer parte da lista de laureados em saúde do Prêmio Prince Mahidol”, disse o Dr. Pécoul. “Este prêmio também tem um significado especial para mim porque comecei minha carreira na Tailândia, onde trabalhei em campos de refugiados há 35 anos. Foi lá que vi em primeira mão o desatendimento médico que, mais tarde, levou a mim e a muitos parceiros a criar a DNDi.”
O Dr. Bernard Pécoul lidera a DNDi desde sua formação, em 2003. Quando a organização humanitária de saúde Médicos Sem Fronteiras (MSF) ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1999, dedicou uma parte do prêmio a explorar um modelo inovador, alternativo e sem fins lucrativos para o desenvolvimento de medicamentos para centenas de milhões de pacientes negligenciados em todo o mundo. Assim nasceu a DNDi. Entre os sócios fundadores estavam a MSF, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e um grupo de cinco instituições internacionais de saúde pública, entre elas o Ministério da Saúde da Malásia.
“O Prêmio Prince Mahidol é um reconhecimento merecido do compromisso inabalável do Dr. Pécoul com a prioridade de se oferecer tratamento da saúde a todas as pessoas, sejam ricas ou pobres”, disse Tan Sri Dr. Noor Hisham Abdullah, diretor geral de saúde da Malásia e membro do Conselho da DNDi. “Um excelente exemplo desse compromisso que está dando frutos é nossa estreita colaboração na Malásia, onde a DNDi e o Ministério da Saúde estão fazendo enormes progressos na ampliação do acesso a um tratamento acessível para pessoas que vivem com hepatite C.”
Sob a liderança do Dr. Pécoul, a DNDi desenvolveu oito novos tratamentos para leishmaniose, doença do sono e doença de Chagas – algumas das doenças mais negligenciadas do mundo – bem como para malária e para crianças que vivem com HIV. Trabalhando em parceria com centenas de atores públicos e privados em todo o mundo, a organização desenvolveu um portfólio robusto de projetos que abrangem a descoberta de medicamentos, pesquisas clínicas e acesso ao tratamento dessas doenças, bem como para cegueira dos rios, micetoma e hepatite C. Juntamente com a OMS, a DNDi também lançou a Global Antibiotic Research and Development Partnership (GARDP) em 2016, hoje uma organização independente sem fins lucrativos que desenvolve novos tratamentos para combater infecções resistentes a antimicrobianos, que representam a maior ameaça à saúde.
O Dr. Pécoul dedicou grande parte da carreira a defender o acesso a medicamentos e criar um modelo alternativo de P&D impulsionado exclusivamente pelas necessidades médicas dos pacientes, não pelos lucros. Iniciou a carreira em 1983 como médico na MSF, realizando missões de campo na África, América Latina e Ásia. Em 1988, foi cofundador da Epicentre, uma ONG afiliada à MSF especializada em epidemiologia. Tornou-se diretor geral da MSF França em 1991 e, em seguida, atuou como diretor fundador da campanha da MSF para acesso a medicamentos essenciais de 1998 a 2003.
“O Dr. Pécoul acredita firmemente que os países de baixa e média renda são capazes de desenvolver com sucesso as próprias soluções para seus problemas de saúde, principalmente através do poder de parceria e colaboração”, diz Jean-Michel Piedagnel, diretor do Escritório Regional do Sudeste Asiático da DNDi, com sede na Malásia. “Este prêmio é um reconhecimento da forte presença da DNDi na Tailândia e no Sudeste Asiático, e estamos certos de que contribuirá para apoiar nosso trabalho e fortalecer nossas parcerias vitais para combater a hepatite C, a resistência antimicrobiana, dengue e outros grandes desafios de saúde pública enfrentados na nossa região.”
Devido à pandemia atual, os laureados deste ano serão formalmente convidados a participar da cerimônia de premiação na Tailândia em 2022. Em breve, serão convidados a ministrar palestras online sobre suas conquistas.
Sobre a DNDi
Uma organização de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos, a Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) trabalha para fornecer novos tratamentos para pacientes negligenciados, em particular para doença do sono, doença de Chagas, leishmaniose, cegueira dos rios, micetoma, HIV e hepatite C. A ambição da DNDi é ajudar a permitir o acesso generalizado ao tratamento do HCV através do desenvolvimento e registro de antivirais de ação direta (AAD) pangenotípicos acessíveis, seguros e eficazes, e defendendo a mudança de políticas e a vontade política necessária para remover barreiras ao acesso aos AAD no mundo todo.
Sobre a Fundação Prêmio Prince Mahidol:
A Fundação Prêmio Príncipe Mahidol foi criada com a permissão de Sua Majestade, o Rei Bhumibol Adulyadej, de acordo com a proposta da Faculdade de Medicina Hospital Siriraj, em comemoração ao centenário de nascimento de Sua Alteza Real Príncipe Mahidol de Songkla, em 1 de janeiro de 1992. A Fundação foi criada em homenagem à Sua Alteza Real e em reconhecimento à sua contribuição exemplar como “o pai da medicina moderna e da saúde pública da Tailândia”.
Contato com a mídia
Escritório regional do Sudeste Asiático da DNDi
Molly Jagpal
Celular: +60 (0)12 546 8362
E-mail: mjagpal@dndi.org
Escritório de Genebra da DNDi
Frederic Ojardias
E-mail: fojardias@dndi.org