Brasil é reconhecido pela OMS por eliminar a filariose linfática como problema de saúde pública

Brasil é reconhecido pela OMS por eliminar a filariose linfática como problema de saúde pública

A DNDi parabeniza o Brasil por alcançar um novo marco: a eliminação da filariose linfática como um problema de saúde pública, conforme reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A filariose linfática, também conhecida como elefantíase, é uma doença tropical negligenciada (DTN) transmitida por mosquitos, que danifica o sistema linfático. Os sintomas mais graves, como linfedema, elefantíase e inchaço escrotal, causam deficiências permanentes. Além das limitações físicas, os pacientes sofrem com impactos sociais, mentais e financeiros, agravando o estigma e a pobreza.

A eliminação da filariose linfática é resultado de décadas de esforços colaborativos entre o governo brasileiro, comunidades locais e parceiros internacionais. O país alcançou o fim da transmissão em 2017 com estratégias de ações integradas que incluíam a distribuição em massa de medicamentos antiparasitários, controle de vetores e forte vigilância.

Essa conquista também foi uma das metas do Brasil Saudável, uma iniciativa governamental multissetorial lançada em 2024 que visa erradicar doenças socialmente determinadas. A abordagem é interministerial e conta com a participação da sociedade civil, incluindo a própria DNDi.

“A eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública no Brasil é uma conquista significativa e reforça a importância de esforços globais coordenados para combater essas doenças negligenciadas”, afirma Stéphane Hugonnet, diretor da DNDi para tripanossomíase humana africana, filariose e Chagas da DNDi. “Na DNDi, continuamos comprometidos com o avanço de novos candidatos a medicamentos para tratar não apenas a oncocercose, mas também uma gama de doenças causadas por helmintos, incluindo a filariose linfática.”

Com este reconhecimento, o Brasil se torna o 20º país a ser certificado pela eliminação da filariose linfática como um problema de saúde pública, além de ter se tornado o 53º a eliminar pelo menos uma DTN a nível global. Na região das Américas, três países endêmicos (República Dominicana, Guiana e Haiti) ainda estão concentrando esforços para atingir a meta de eliminação.

O trabalho da DNDi com filariose

A DNDi tem se empenhado no desenvolvimento de novos tratamentos para DTNs causadas por vermes parasitas, como a filariose, a oncocercose ou “cegueira dos rios”. No Brasil, o único foco da doença se encontra nas Terras Indígenas Yanomami, na fronteira com Venezuela, onde o difícil acesso aos serviços de saúde e a mobilidade territorial dificultam o controle da infecção.

Globalmente, a oncocercose é endêmica na África subsaariana, onde mais de 99% das pessoas infectadas vivem em 31 países dessa região. Em 2019, a DNDi se juntou à Helminth Elimination Platform (HELP), coordenada pelo Swiss Tropical and Public Health Institute (Swiss TPH), para desenvolver novos tratamentos para infecções causadas por vermes parasitas. Mais recentemente, em 2023, a DNDi iniciou uma colaboração com a eWHORM, uma parceria coordenada pelo University Hospital Bonn, na Alemanha, com o objetivo de desenvolver tratamentos mais seguros e eficazes para doenças filariais e outras causadas por helmintos.

Ajude os pacientes negligenciados

Até o momento, desenvolvemos nove tratamentos para doenças negligenciadas, salvando milhões de vidas. Temos o objetivo de disponibilizar 25 novos tratamentos em nossos primeiros 25 anos. Você pode nos ajudar!

Organização internacional, sem fins lucrativos, que desenvolve tratamentos seguros, eficazes e acessíveis para os pacientes mais negligenciados.

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